Aprisionado
Não sei o que inda espero daqui
Se até ontem nada me esperava
Talvez a única certeza que senti
É que na vida nem tudo acabava
Sinto cada vez mais perto o fim
E a certeza que nada me espera
Nada mais se pode fazer assim
Se o ardor não mais retempera
Esperar cada novo amanhecer
Com a certeza de que ele virá
É esperar da vida apenas viver
Se fizer dos sonhos uma procela
Só de fugazes devaneios viverá
Pois, sair da vida é também da cela.
Porto Velho, 21 de dezembro de 2014