Sou eu o bicho
No véu bucólico do ocaso ardia
A figura do acústico, sem fúria
Alguma ou mesmo traço de lamúria
Vinda de outro lugar na pradaria.
Erguer um bosque, selva ou serrania
Sem brusca natureza, sem penúria.
Procuro uma mulher, algo que a cure
Da tormenta rupestre que irradia.
O canto é ouvido, o canto de algum bicho
Pretérito, sem forma, sem ruído.
A fêmea que procuro sem um nicho?
Não vejo nada, caos do convergido.
O véu sumiu na curva da unidade:
Sou eu o bicho em fina eternidade.