Sem Travo Carnal

Sem Travo Carnal

(Soneto de Versos Estóicos)

Não sou, mas gostava imenso de ser,

Quando me é servida a carne inocente

De um ser que também a dor em si sente,

O Homem que consegue a boca conter.

Alguém que o remorso… o ardor, não esquente,

- Quando fica extinto o vício de obter

Na boca incapaz de não ofender -

Depois de provado eu ter o impotente.

Queria sentir pavor… aversão,

Ao assassinado e puro animal

Que nada matou por má diversão.

Fazer galanteio ao que é vegetal,

Desejar seu gosto e ter vocação

Do ventre saciar sem travo carnal.

André Rodrigues 19/12/2014

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 19/12/2014
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