NÃO BATAM NO SISTEMA
“Em visita a um hospital público”
Passeia em tudo o que é sítio uma fera à solta
Que faz tudo o que quer e sem qualquer problema
O que provoca em todo o cidadão a revolta
Por não ter força de mudar um tal Sistema.
Dentro de casa ou fora de casa cada tema
É encarado já como se, de alma envolta,
Inibisse para sempre a vida sem dilema
Na esperança que renasça uma reviravolta.
Não batam no Sistema, tenham compaixão
Da vossa lamentável e triste ignorância
E também da ignóbil e negra frustração
Que deixa extravasar a frágil petulância.
É desumano que se não vejam as chagas
Que todo o corpo e mente tem da vil ganância
Pela ideia de que à sombra de costas largas
Qualquer Sistema se transforma em manigância…
Há que inquirir aos quatro ventos, e com frieza
Perante tais cabeças duras como fragas:
Onde está nesta hora a Alma Portuguesa?
Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA