O BEIJO JUDEU NA CEIA FAMILIAR

Olhando o jantar e a família, a gente sente a alegria

Da abertura dos presentes, da gente a falar

Folgada no dissimular e hermética na heresia

Inconsciente de uma alegoria natalina nuclear.

Soltar o riso esperado na hora da ironia

Da descrição da personagem, caiada de ansiar

Na expectativa enjoativa da cantoria

Viva de elogios que brilham por falsear.

Domínio do espetáculo mais conveniente

Tem aquele de ares sérios e de risos não sorridos

Pela dor retranspassado na cruz entorpecente;

De olhar acelerado, enxerga além do dito

Alcança a palma da língua maledicente

E almeja com rancor o fim do rito.

T Alves
Enviado por T Alves em 19/12/2014
Código do texto: T5074395
Classificação de conteúdo: seguro