Soneto ao murilograma

A Murilo Mendes

O Céu perene em fúria de inflação

Abriga o som do mínimo ao sintético

Se pelo corte, rachadura exótica,

Um membro cego espelha o singular.

É o começo mecânico, este lixo

Em rotação após a negra era.

O quente no ultraleve, a luz: unidos.

São filhos do soluço que dilata.

Foi a trindade, foi o Multiverso.

Teoria do silêncio resolvido,

O calvo no irreal, no surreal.

Vejo o pólipo, calço o que restou

Do eterno, da conversa não findada.

Talho o tempo de andar, tudo é parado.

Heitor de Lima
Enviado por Heitor de Lima em 18/12/2014
Reeditado em 01/01/2015
Código do texto: T5073871
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