VOU VIVENDO
Vou vivendo o amargor de uma tristeza
Que machuca meu peito noite e dia,
Qual espada, rasgando com firmeza
Um pobre coração em agonia.
E meus dias, repletos de incerteza,
De lamúrias, angústia e nostalgia,
Enriquecem meu ser com tal pobreza,
Que a vida se me torna mais vazia...
Passam-se as horas, vai-se o tempo embora...
Mudar, não posso, que fazer agora,
Se passei tanto tempo amargurado ?
Pensar em outra, não mais pensarei.
E eu, que até ao final tanto lutei,
Trago o cetro de dor do derrotado.