Hiato.
Nos espaços tênues entre os pensamentos
Há os sonhos... Irreal e arredio dos minutos...
Enganos, cores e amores das vidas expectantes
Ilusórias fugas do fado de todas que vivemos.
Atraídos a demência, desta que todos temos
Que por ora, existimos, mas a grande verdade
Entre Ser e não o ser a suprir vazios mútuos.
Do estar e não estar! Viver é a disparidade...
N’outro o intangível, idear o que seremos,
Sem que saibamos acertadamente, o que ou quem!
N’outro instante ainda, idéia do que fomos!
E da reminiscência que éramos um alguém...
Restará sequer sentimento, pó se vai ao vento...
Hiato das palavras, idéias... Nada é o que somos!