Não somos nada

Corpos caídos, almas destruídas;

Fatais abismos e infernais tormentos.

Nossa custódia são cruéis eventos

Entre os eventos das funéreas vidas;

Os nossos sonhos, noites mal dormidas;

As nossas ganas, poses de lamentos;

Os nossos planos, folhas para o vento;

Nossos amores, dores desmedidas.

Somos precários. Tu não vês, amigo

Que o separar das mães, que é desde o umbigo,

É nossa morte vindo fracionada?

Somos o pó dos pés de quem morreu.

Quem és aqui, e quem aqui sou eu?

Cala essa boca. Nós não somos nada!

Alex Olliveira
Enviado por Alex Olliveira em 14/12/2014
Reeditado em 27/01/2020
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