Pois que me escarre!
Pois que me escarre a boca que eu beijei!
A vida é mesmo assim, contraditória,
e atira fel nos ermos da memória
sem respeitar passado, regras, lei.
Jamais conhece, o amor, a eterna glória!
Isso aprendi porque demais amei,
mas tudo se acabou... Não és mais rei
do vasto e nobre império dessa história.
E o que restou do amor? Ressentimentos!
Ressentimentos, prantos, olhos baços
que amortalharam belos, bons momentos.
O chão das emoções a vida varre...
O que restou de nós? Mágoas! Cansaços!
E a boca que eu beijei? Pois que me escarre!
Brasília, 12 de Dezembro de 2014.
Absinto e Mel, página 67
Sonetos selecionados, pg. 116
Pois que me escarre a boca que eu beijei!
A vida é mesmo assim, contraditória,
e atira fel nos ermos da memória
sem respeitar passado, regras, lei.
Jamais conhece, o amor, a eterna glória!
Isso aprendi porque demais amei,
mas tudo se acabou... Não és mais rei
do vasto e nobre império dessa história.
E o que restou do amor? Ressentimentos!
Ressentimentos, prantos, olhos baços
que amortalharam belos, bons momentos.
O chão das emoções a vida varre...
O que restou de nós? Mágoas! Cansaços!
E a boca que eu beijei? Pois que me escarre!
Brasília, 12 de Dezembro de 2014.
Absinto e Mel, página 67
Sonetos selecionados, pg. 116