PRECISAVA SIM TATEAR...

O vosso dedo e o meu, deveras bobos,

dedilham vós e o eu... Tremores vêm!

Dedando o dedilhável enquanto têm

augusta liberdade, dedam probos!

Em V dardejam dois. São ágeis lobos!

Dividem dor e ardor, pois lhes convém

o dedilhar que apraz a nós, meu bem!

Dedilhos que entumescem nossos globos...

Eu lambo o vosso dedo e que sabor?

A cor do meu pecado é irreal

ou dedos que têm mel não fazem mal...

Lambeis o meu, vos ris, vosso rubor

vos põe a me provar o vosso amor...

Dedamos e olvidamos o usual!

Mari Zu
Enviado por Mari Zu em 11/12/2014
Reeditado em 06/02/2022
Código do texto: T5066616
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