PRECISAVA SIM TATEAR...
O vosso dedo e o meu, deveras bobos,
dedilham vós e o eu... Tremores vêm!
Dedando o dedilhável enquanto têm
augusta liberdade, dedam probos!
Em V dardejam dois. São ágeis lobos!
Dividem dor e ardor, pois lhes convém
o dedilhar que apraz a nós, meu bem!
Dedilhos que entumescem nossos globos...
Eu lambo o vosso dedo e que sabor?
A cor do meu pecado é irreal
ou dedos que têm mel não fazem mal...
Lambeis o meu, vos ris, vosso rubor
vos põe a me provar o vosso amor...
Dedamos e olvidamos o usual!