Dor
Edir Pina de Barros
Eu sinto dor profunda e lancinante,
que sangra e que carcome o imo em pranto,
mas não sei, não, dizer, de fato, o quanto,
intensa e visceral, embora a cante.
Lateja e pulsa! Dói-me tanto! Tanto!
De nada vale a prece suplicante,
porque essa dor é surda e petulante,
não quer ouvir meu pobre e triste canto.
Por que essa dor não passa? Ou vai embora?
Por que fincar em mim a dura espora
quando eu só busco paz no coração?
Oh! Dor! Desejo, sim, ficar sozinha,
mas tu me vens e dentro em mim te aninhas
e todo o meu queixume é sempre em vão.
Brasília, 9 de Dezembro de 2014.
Absinto e Mel, pag. 63
Edir Pina de Barros
Eu sinto dor profunda e lancinante,
que sangra e que carcome o imo em pranto,
mas não sei, não, dizer, de fato, o quanto,
intensa e visceral, embora a cante.
Lateja e pulsa! Dói-me tanto! Tanto!
De nada vale a prece suplicante,
porque essa dor é surda e petulante,
não quer ouvir meu pobre e triste canto.
Por que essa dor não passa? Ou vai embora?
Por que fincar em mim a dura espora
quando eu só busco paz no coração?
Oh! Dor! Desejo, sim, ficar sozinha,
mas tu me vens e dentro em mim te aninhas
e todo o meu queixume é sempre em vão.
Brasília, 9 de Dezembro de 2014.
Absinto e Mel, pag. 63