A ESQUECIDA REPRESA DE AMOR AO SERTÃO...
Todo dia o roceiro rasga a terra sem dó
Ela, a terra, pedindo chuva farta a Deus
Olha as nuvens, seus olhos, dando aos céus um adeus
Sente a enxada roçando alguns alqueires de pó...
Ó sertão dessa terra onde dançando o forró
De tão seca se pela e faz poeiras de ateus
Sendo os crentes que sobram seus fiéis cireneus
As sementes plantadas não se sentem a sós...
Testemunha o azul, em chuva sendo mais rara
Sob os pés infiéis a água presa e cara...
Nordestino Brasil... Que sofre tanto sua terra...
Tanta morte e pobreza, pão faltando a mesa
Rio em transposição, tirando a sua beleza
E a esquecida represa... Que a indiferença soterra...
Autor: André Pinheiro
08/12/2014