Câncro
Câncro
(Soneto)
Tanto me fazes ronda tenebroso,
Possuis minha família e conhecidos
Sem te compadeceres com gemidos,
Ou com dores que omitem! Horroroso!
Fazes tu porventura a meus sentidos,
Aviso que virás imperioso
Tomar minha saúde mal guloso,
Deixando os que me gostam contorcidos?
Cobarde ardor cruel que nada dizes!
Porque os Homens conquistas às ocultas,
Prendes tu no seu âmago raízes?
Quão podres são teus urros quando exultas,
Sempre que tornas vidas infelizes,
Ou então quando as matas e sepultas!
André Rodrigues 9/12/2014