DEPOIS O SOL

Depois o Sol veio na verdade veio encontrar,

Numa tremenda e solida e pérfida solidão...

Enquanto o Vento está mesmo a chorar,

Escondido no seu lindo e belo salão.

Ás vezes a chuva nos vem mesmo gritar,

Como bátegas de goma e de alcatrão...

Na noite de breu, mesmo a sério a berrar,

Dentro do seu grande e singelo colchão.

O Vento dorme num grande sossego,

Na cambraia da noite,no desemprego

Enquanto a solidão está mesmo completa.

Por vezes,lá vem a tarde sôfrega e mansa,

Na paz doce, que não mesmo se cansa...

Porém, o Sol beija a lua mesmo de muleta.

ANTÓNIO MEIRELES COSTA

TERÇA, 09 DE DEZEMBRO DE 2014

TÓLU
Enviado por TÓLU em 09/12/2014
Reeditado em 26/06/2015
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