Deixa-me só!

Esse olhar tão meigo que me desnorteia

eu quero tanto,mesmo que por pouco...

Mas não posso te amar, embora a alma cheia

de carícias tuas possa me tornar louco!

Devagar o sangue se me esvai da veia

e devo esquecer-te, me fazer de mouco

quando me chamas e se teu fulgor me incendeia

afasto-me de ti como se fora outro...

Difícil é perder-te,sim, confesso,

e teu sublime amor eu não mereço,

nem qualquer coisa que te magoar permita.

E mesmo sendo essa mulher bendita,

não quero do teu ser o imenso sacrifício

de seguir um condenado em seu suplício!

Chaplin
Enviado por Chaplin em 29/05/2007
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