Deixa-me só!
Esse olhar tão meigo que me desnorteia
eu quero tanto,mesmo que por pouco...
Mas não posso te amar, embora a alma cheia
de carícias tuas possa me tornar louco!
Devagar o sangue se me esvai da veia
e devo esquecer-te, me fazer de mouco
quando me chamas e se teu fulgor me incendeia
afasto-me de ti como se fora outro...
Difícil é perder-te,sim, confesso,
e teu sublime amor eu não mereço,
nem qualquer coisa que te magoar permita.
E mesmo sendo essa mulher bendita,
não quero do teu ser o imenso sacrifício
de seguir um condenado em seu suplício!