Triste Soneto sobre o Aborto
Acabara de sair da tal clínica
Que nem merece esse nome
Saiu com ar de cínica
E pelo visto a prepotência lhe deu fome.
Acabara de tirar uma vida que carregava
Sem pudor sem mesura, foi sem titubeio
Não ouvirá choro, aquele que sua mãe escutava
Nem dará de mamar, mas sua mãe não lhe negava o seio.
A vida, às vezes, é cruel
Ela tinha planos para viver no exterior
Mas veio alguém e abortou! Desabou seu céu!
Sua vida tem sido de muita dor
Mas sabe que no palco da vida ela amassou seu papel
Ela arrancou pétalas sendo ela a própria flor.
06/12/14