Soneto Capital
Queria, na luxúria secreta,
Sucumbida, e escondida assim,
Os desejos todos, todos para mim,
Que existem em ti, mulher discreta.
E que não despertes o teu orgulho
Diante minha gula não passageira
De beijar tua boca tão festeira,
De tornar teu abraço um embrulho.
Que a ira dos sentidos, toda ela,
Vá quebrar a avareza do vento
Fazendo inveja ao mais atento,
Quando fazer-te minha costela,
Minha Eva, minha maçã, porque não,
E ter-te una, enfim, no coração.