Consolatrix Peccatorum
(Um soneto de Charliza, que Nanda Araújo, das Europas, onde se abre em copas, me sugere trazer pro Recanto)
Por estas tortas vielas
o meu amor me conduz
marchando à luz de velas
conheço calvário e cruz
Mas a forte, é a esperança
de alcançar a redenção
tantos pecados na balança
terei eu um dia perdão?
E assim o que a carne excita
deixa o corpo, se exorbita
descerra-se o solene véu
Um dia, quem lá no alto habita
acolhe essa alma que ressuscita
e lhe dá morada no céu!