A SAUDADE DOS MEUS ENTES FALECIDOS
Triste é ser poeta nesta vida ingrata
De tempestades e de grandes dores,
Pois eu vejo nas campas muitas flores
Do tempo que a saudade fere e mata!
Pois nas campas reluz o sol de prata,
E as memórias regressam nos horrores
Dos pensamentos cheios de valores,
Nos quais a alma demonstra a face exata!
O passado passou-se assim depressa,
E agora sinto o peso de viver,
Ao lembrar dos meus entes falecidos...
Pois esta dor no rosto tão expressa,
Não me mata a saudade que tiver
Dos meus familiares mais queridos.
Ângelo Augusto