A SAUDADE DOS MEUS ENTES FALECIDOS

Triste é ser poeta nesta vida ingrata

De tempestades e de grandes dores,

Pois eu vejo nas campas muitas flores

Do tempo que a saudade fere e mata!

Pois nas campas reluz o sol de prata,

E as memórias regressam nos horrores

Dos pensamentos cheios de valores,

Nos quais a alma demonstra a face exata!

O passado passou-se assim depressa,

E agora sinto o peso de viver,

Ao lembrar dos meus entes falecidos...

Pois esta dor no rosto tão expressa,

Não me mata a saudade que tiver

Dos meus familiares mais queridos.

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 02/12/2014
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