Estende a mão

Estende a mão àquele que padece,
que vive neste mundo sem ter ninho,
perdido – solitário passarinho –
sem ter amor, que a tudo  sempre aquece.
 
Estende a mão, dedica-lhe uma prece,
- sagrada e doce prece do carinho –
que nutre muito mais que o pão e o vinho,
e a dor da solidão sempre arrefece.
 
Não custa nada ser mais solidário,
rezar algumas contas do rosário
por quem padece tanta dor, desdita.
 
Não vês que somos todos transitórios?
Que os bens materiais são ilusórios?
Doemos, pois, o amor que nos habita.


Brasília, 2 de Dezembro de 2014.

Absinto e Mel, pg. 23

 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 02/12/2014
Reeditado em 03/08/2020
Código do texto: T5056053
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.