VELHA ALDRAVA

Abri a velha aldrava do meu mundo

E vi novas sementes germinando;

Tomara que este amor não seja infundo,

Pois sinto qu’ele em mim vai se alastrando!...

Deixei mais uma vez que a claridade

Da luz de novos dias penetrasse

Na alma calma e fria e a liberdade

Viesse plena e terna e em mim morasse!...

Deixei pra trás o peso da amargura;

Aquela noite cinza, morta e escura...

Do amor voltei a ser mero aprendiz!...

Então me lanço aos ares da brandura,

Lembrando o meu amor e uma ternura

Perpassa na minh’alma e sou feliz!

Arão Filho

São Luís-MA, 01/dez/2014