Soneto do Anoitecer

De algumas lágrimas latentes

Confesso-me no beijo da face,

Na sonoridade da sonata solta

Pelo silêncio abrasador, idílios.

No converse com a noite vindo

Inconfesso-me no beijo do lábio,

Nas alegorias do cortinado, elos

Divagando pelo perfume, sonho.

Sobre a mesa arcanos maiores

Alçando-se ao presente utópico,

Do devaneio enfeitiçado, etéreo.

Sobre os lençóis pétalas rubras,

Incensos de fragrâncias únicas

Desnudam o tempo, corpo alma.

01/12/2014

Porto Alegre - RS