Soneto de um Canto de Pranto
E na tristeza que cresce,
Há um sorriso que padece.
São lágrimas frias de cristal,
Que deixa no rosto o sabor do sal.
E pela alegria que se amena
O coração chora sua pena.
Canção de uma melancólica sina,
Que turva a visão como neblina.
É canto de nota negra e triste,
Na dor férrea que agora persiste,
A música encanta quem ouve.
Mas peço que acabe a agonia.
Mesmo que sorrisos de alegria,
Peçam que o continue o canto.