Sonetilhos ao presságio
I
Um balir de Áries se esvai
Na tua face sublinhada.
Aqui, enquanto o desnível
Carboniza, morrem pétreos
Os desertos angulares,
Segredos de um confidente
Que ora se aguça, de bruço,
Na epiderme. Ora se omite.
O ar fino, fosco, fumaça.
Visão sequiosa, visão
Plural, de intacto menino
Na Antinfância (interrompido).
Eu descalço, tu cal, chão:
Ao rés da fala, não muda.
II
Tu sumiço, me persegue.
Tu dobrado nesta escolta
Exclui a ideia, chorume.
Só o disfarce da agonia
Assiste a carne: Orbital.
O menino não responde,
Gorjeia apenas insultos.
Não se atreve a sentimentos
Próprios, de menino. Luz
Não há, sequer treva... existe
Dor de ser parado, um signo.
Clarividência, sonífero,
Há que resistir ao simples
E esperar pelo presságio.