"O meu ofício é dizer o que penso." Voltaire
Digo, logo penso.
Assim é o poeta, como penso:
um sujeito comum (e singular),
que tem seu próprio jeito de pensar
e confundir até o próprio senso.
Um barco de papel a navegar
num mar de fantasia (tão imenso),
mas que consegue ver, ao longe, o lenço
que indica o rumo, a rota e o lugar.
E se poeta sou, como imagino,
não posso me furtar ao meu destino
de dizer o que penso, inda que doa.
De navegar, num barco de papel,
até bem onde o mar encontra o céu,
sem medo de enxergar além da proa.
Digo, logo penso.
Assim é o poeta, como penso:
um sujeito comum (e singular),
que tem seu próprio jeito de pensar
e confundir até o próprio senso.
Um barco de papel a navegar
num mar de fantasia (tão imenso),
mas que consegue ver, ao longe, o lenço
que indica o rumo, a rota e o lugar.
E se poeta sou, como imagino,
não posso me furtar ao meu destino
de dizer o que penso, inda que doa.
De navegar, num barco de papel,
até bem onde o mar encontra o céu,
sem medo de enxergar além da proa.