Chega de Viver Na Pobreza

Era tarde quando da rua ele chegou,

pisando de mansinho sem fazer barulho. Nem todo o cuidado de nada adiantou,

e assustado permitiu que caísse o embrulho.

Na sala nua de móveis no canto estava,

muda como de costume, e braço quebrado.

Foi logo pro banho sem dar uma palavra,

pelo jeito de agir mostrava-se zangado.

Retornou ligeiro e pegou no braço dela,

abraçou com amor, ele só tinha ela,

nada de dormir, a noite toda a pensar.

Chega de viver nesta vida de pobreza,

já não tem para jantar uma única mesa,

a cadeira quebrou não terei onde sentar.

28/11/2014 Fim