VELEIDADES DO VENTO
Odir Milanez
Cursor de calmarias e procelas,
com notícias distantes a ditar,
o vento vela a noite a me chamar
pelas frestas de frente das janelas.
Vem contando de escravos, caravelas,
chorando o pranto banto de além-mar,
traz soluços de amor querendo amar,
mais os sons solitários das estrelas!
Ultramarino vento, vens disposto
a ventilar da vida um novo aviso,
alertando a minh’alma de um desgosto.
Sossega, vento! Avisos não preciso.
Há sorrisos sorrindo no meu rosto,
há no meu rosto a rima de um sorriso!
JPessoa/PB
26.11.2014
oklima
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Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa versos de amor...
Para ouvir a música, acesse:
http://www.oklima.net