Plangor
Edir Pina de Barros
Amo o plangor dos dias mais chuvosos,
brumosos, cor de breu, feitos de espuma,
de uma saudade tão sem par que, em suma,
abruma os dias meus, já langorosos;
chorosos dias, sem cantar de anhuma,
se esfuma a luz de olhares venturosos,
airosos, qualquer gesto que resuma
e assuma o afeto... Dias desditosos!
Chuvosos dias! Dor que se avoluma!
Nenhuma paz! Opção, também, nenhuma!
Empluma-se a tristeza dos saudosos.
Abruma-se minh’alma em cavernosos,
sinuosos vãos escuros, vãos limosos,
que me levam sem rumo e a parte alguma.
Brasília, 26 de Novembro de 2014.
Absinto e Mel, pág. 53
Sonetos selecionados, pg. 112
Edir Pina de Barros
Amo o plangor dos dias mais chuvosos,
brumosos, cor de breu, feitos de espuma,
de uma saudade tão sem par que, em suma,
abruma os dias meus, já langorosos;
chorosos dias, sem cantar de anhuma,
se esfuma a luz de olhares venturosos,
airosos, qualquer gesto que resuma
e assuma o afeto... Dias desditosos!
Chuvosos dias! Dor que se avoluma!
Nenhuma paz! Opção, também, nenhuma!
Empluma-se a tristeza dos saudosos.
Abruma-se minh’alma em cavernosos,
sinuosos vãos escuros, vãos limosos,
que me levam sem rumo e a parte alguma.
Brasília, 26 de Novembro de 2014.
Absinto e Mel, pág. 53
Sonetos selecionados, pg. 112