FAGULHA DA NOITE

Tudo em mim agora me aquieta

Tem uma voz tão doce a solidão

Ao som de um silêncio do perdão

Que se estende a noite inquieta...

Só o dia agora se completa

Com o fascínio, toda a escuridão

De onde faz surgir na vastidão

O alabastro esférico ao poeta...

E... Nas retinas liquidas do mar

Na epiderme verde das florestas

Terna luz pela terra que mergulha...

Pois, que jamais recusa o seu luar

Às vielas, aos morros e às favelas...

E ao meu coração uma fagulha...

Autor: André Pinheiro

25/11/2014

Poema selecionado para o livro - Os Cem Grandes Poetas Brasileiros

Da CBJE (Câmara Brasileira de Jovens Escritores).