LAMENTO

(Por Aglaure Martins)

Sem desígnio percorro o caminho

vou além dos limites, sou ilusão

ave perdida que procura o ninho

a entoar o pio da solidão.

No negrume da noite soa o bordão

as árvores cantam , brindam com vinho

o lamento que chora o coração

e sorriem de mim, do meu desalinho.

No infinito navego, busco o cais

sim, onde nado livre em rios de riso

excarcerando todos os meus ais

expurgando o 'eu' onde diviso

o 'eu' e os 'eus', nem menos nem mais...

Quero o repouso claro e conciso.

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JP23112014

Aglaure Martins
Enviado por Aglaure Martins em 24/11/2014
Código do texto: T5046397
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