NAQUELA NOITE...
Aquele silêncio era gritante,
Diante da janela nada eu via,
A cidade indiferente, distante,
Igual a ela, minh´alma vazia.
Voltei o olhar por um instante,
Para a cama onde foste minha,
Agora espaço desconfortante,
Que nem teu perfume continha.
Neste quarto, paisagem irritante,
Perco a razão de tão inconstante,
Mesmo parado, minh´alma corria.
Envolto neste espaço, vou delirante,
Meu corpo em estado agonizante,
Mesmo acordado, o sonho morria.