SONETO DA INFINITA PROCURA


Seremos eternamente pela estrada!
E, como se em busca do paraiso perdido.
Qual almas vagantes pelo infinito,
A se procurarem qual partes separadas.

Há de nos ser sem tréguas essa caminhada.
Ou mesmo como se à felicidade proscritos.
Buscando-nos eternamente pelo infinito,
Qual porção um do outro desmembrada.

Encontrar-nos-emos, enfim, algum dia?
Quando findará em nós esta agonia
De buscarmo-nos, e nos dizermos unos?

Ou seremos pra sempre à imensidão perdidos?
Ou somente, um dia, nos diremos unidos
Se à edificação do nosso próprio mundo?

                         Puetalóide



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SONETO DA PROCURA


Ah meu amado.., por ti estou à procura
Neste mundo afora que me cerca
Um dia te encontrarei na certa
Trazendo para a minha dor, a cura...

Viver sem você é um tormento
Como se minha vida fosse, do pão, só uma fatia
Que faz sobreviver o corpo, onde minh'alma em agonia
Chora triste por tua ausência, num lamento

A esperança de encontrar-te brevemente
Mantém-me em pé, firme nessa estrada de quimeras
Sonhando com o dia de estarmos juntos novamente

Pois aquilo que tivemos em outra era
Guardo na alma a lembrança e a semente
Para aquele à quem pertenço e me espera...


                         Márcia da Costa Larangeira


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ALMAS VAGANTES PARALELAS


Somos duas almas iguais, seguindo separadas.
Paralelas, sabendo que em cada um de nós,
está a parte que complementa nossas estradas
vivendo assim perdidas, em eterna busca, sós...

Na esperança que de repente essas paralelas
se encontrem (nunca ou quando?) algum dia,
por o destino enfim promover a junção delas,
dessas almas separadas em eterna agonia...

Que dizer desse paraíso que buscamos,
sabendo que ele está dentro de nós somente,
adormecido, desmembrado, enquanto vagamos

Solitátios e entristecidos, esperando algum dia
esse encontro possa acontecer unicamente,
edificando nossa união, num passe de magia?

                          Simplesmente Romântica