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O TELEFONE
Odir Milanez
 
 
O telefone toca. Ela me atende.
A mesma voz, num som meio indeciso:
- Quem é? – Sou eu – dar nome não preciso,
penso comigo mesmo: ela me entende.
 
Quem é? – repete o rito. Ela pretende
dizer que fez de mim melhor juizo.
- Sou eu, que de um sorriso seu depende,
um poeta sujeito ao seu sorriso!
 
Escuto o seu suspiro sussurrante.
Ela escuta os impulsos de meu peito.
Vivemos, no momento, intenso instante!
 
Ela solta um sorriso satisfeito,
eu sopro um sopro extenso, estonteante...
De nós nos esquecermos, não há jeito!
 
 
JPessoa/PB
21.11.2014
oklima
 
*****
 
Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa versos de amor...
 
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oklima
Enviado por oklima em 21/11/2014
Reeditado em 21/11/2014
Código do texto: T5043542
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