Mal passageiro

Ao viver-se no júbilo da vaidade,

No qual a juventude é uma mola,

Vive o ser humano uma vida tola,

Em vez de praticar só sã bondade.

Mas alguns fazem dela sua escola,

Não sentem que é grande maldade,

Desgastar a vida sem uma verdade,

Como ruins acordes em uma viola.

Sabemos que a vaidade é efêmera:

Ao brotar, de dia, a rosa é tão linda,

E assim por quase todo o dia será.

Mas chega a tarde e a beleza finda,

E a ruína da vaidade é sua têmpera,

E para isso já não há mais emenda.

Le Roy
Enviado por Le Roy em 21/11/2014
Código do texto: T5043359
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.