Ó sombras, amarguras, tormento, pranto
Ó sombras, amarguras, tormento, pranto
Ondas turbulentas, fúrias, maremoto
É convulsão de tormentos, remoto...
...é a minha lucidez como acalanto.
Terminais chagas são meus desencantos
Pra sufocar as memorias eu sou devoto
Enterrando dentro de mim meus terremotos
Os vendavais de agonias que suplanto
E escorrerá meu sangue no poema
Cravando em minhas cruzes meus dilemas
São vozes que blasfemam o Sempiterno
E são meus dias amargos por consorte
Que nada há de me acrescentar na morte
Pois vivo cada dia um novo inferno