Argonauta (4)
Nas águas dos teus rios eu velejo
levada lentamente pela brisa
do teu olhar, que sobre mim desliza,
pudico, porém cheio de desejo;
e quando assim te sinto e assim te vejo,
cada momento tênue se eterniza,
rompendo, entre nós dois, qualquer divisa,
despindo-me dos rúbeos véus do pejo.
Rompendo as doces águas, véus cortinas,
velejo nessas águas cristalinas
que brotam dos teus olhos, do teu ser.
Os teus olhares – fontes desses rios
que em mim deságuam quentes, corredios -
inundam-me as planuras do prazer.
Brasília, 19 de Novembro de 2014.
Absinto e Mel, pg. 35
Nas águas dos teus rios eu velejo
levada lentamente pela brisa
do teu olhar, que sobre mim desliza,
pudico, porém cheio de desejo;
e quando assim te sinto e assim te vejo,
cada momento tênue se eterniza,
rompendo, entre nós dois, qualquer divisa,
despindo-me dos rúbeos véus do pejo.
Rompendo as doces águas, véus cortinas,
velejo nessas águas cristalinas
que brotam dos teus olhos, do teu ser.
Os teus olhares – fontes desses rios
que em mim deságuam quentes, corredios -
inundam-me as planuras do prazer.
Brasília, 19 de Novembro de 2014.
Absinto e Mel, pg. 35