MEU TEMPO...

E lá se vai o tempo já distante

Deixando atrás de si o mesmo nada

O vácuo das lembranças, findo instante,

Das horas que se foram... Apagadas...

E corre como quem é fugitivo,

Talvez, tentando achar seu tempo certo...

E corre tão veloz, tão aflitivo,

Deixando tudo morto e tão deserto!...

Assusta-me o meu tempo indo embora

Levando a minha vida que ainda aflora

Na grande comunhão que eu tenho em mim...

Eu fico me sentindo inerte agora

Olhando esse tempo sem demora

Partir para o infinito e dar-me o fim...

Arão Filho

São Luís-MA, 18 de Nov. de 2014