O GOLDOTAURO

Seja de manhã, seja à tarde, ou seja à noite

A síndrome da Crise está por todo o lado

No seu tirânico devaneio mascarado

Sem que o bom povo se liberte do açoite…

Há Maiorais por aí fingindo, incoerentes,

Em conspurcados autos cheios de intenção,

Lavando as mãos no pântano da corrupção

E esfacelando a alma pura aos inocentes.

Neste tablado vergonhoso e descarado

Das sendas enviuzadas da desfaçatez

Dança incensível na loucura e malvadez

Um labirinto de euros todo envenenado.

Onde estará, o Goldotauro, onde estará?

Ó terrível mercância do feroz Sandeu

Que prolifera, sim, por não chegar Teseu

E a ajustada sentença que ele, enfim, trará!

Frassino Machado

In RODA-VIVA POESIA

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 17/11/2014
Reeditado em 17/11/2014
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