O GOLDOTAURO
Seja de manhã, seja à tarde, ou seja à noite
A síndrome da Crise está por todo o lado
No seu tirânico devaneio mascarado
Sem que o bom povo se liberte do açoite…
Há Maiorais por aí fingindo, incoerentes,
Em conspurcados autos cheios de intenção,
Lavando as mãos no pântano da corrupção
E esfacelando a alma pura aos inocentes.
Neste tablado vergonhoso e descarado
Das sendas enviuzadas da desfaçatez
Dança incensível na loucura e malvadez
Um labirinto de euros todo envenenado.
Onde estará, o Goldotauro, onde estará?
Ó terrível mercância do feroz Sandeu
Que prolifera, sim, por não chegar Teseu
E a ajustada sentença que ele, enfim, trará!
Frassino Machado
In RODA-VIVA POESIA