Visão

Visão

(Soneto)

Vieste ter comigo a minha cama…

Com sede de um Amor inexistente,

Que nunca se chegou ao pé da gente,

Carpindo de saudade que se inflama.

Despiste-te, tão célere e ciente

De que por ti meu cerne ainda clama,

Mostrando, que de ti também derrama

Afinal a vontade resistente!

Pediste-me desvelos abraçada…

Repetindo meu nome como cura,

Com teu jovem odor, maravilhada!

Amaste-me… e eu amei-te com doçura,

Até que do sentir foste apagada,

Desta minha visão… minha loucura!

André Rodrigues 12/11/2014

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 13/11/2014
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