Passar do tempo
Se for explicar já não sei dizê-lo,
E nem tampouco eu sei defini-lo,
Sinto-o igual ele fosse um estalo
De um chicote para eu contá-lo.
O passar dele é igual a um peso,
Que era frouxo e agora está teso,
Se ele fora magro agora é obeso;
E a ele que eu me encontro preso.
Cantemos nós a canção do tempo!
Somos efêmeros igual leve vento,
Imperceptível em extenso campo.
Se sofro com isso já nem comento,
Nem quero mais tirar isso a limpo,
Se menos penso mas ele fica lento.