Deixar que agora um muro seja emblema
E alívio a ingênuos pelo mesmo engano
Que o traz abaixo história feito lema
E slogan sobre o que se tem por dano.
 
Deixar que tombe um busto e a terra trema
Sob passos dos que entrando pelo cano
De novo sem supor qualquer problema
Após o fogo inútil ideal humano.
 
Deixar que a farsa por si só revele
Em boa hora o que há no fundo vale
De fumo que não cessa e o que há nele...
 
Deixar assim por ora em mera tela
À espera justa pela cor que fale
Verdade a quem não possa mais detê-la.





 
Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 11/11/2014
Código do texto: T5031704
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