SOL DE AMAR

Nos olhos mareados do arrebol

Se fez dia moroso, lentamente

Desperto, tal qual o nosso sol

lânguido a clarear malemolente.

Preguiçosamente aconchegante,

Esgueiro meu corpo para teus braços

Na ternura do teu amor radiante

Imprimes teu perfume no espaço.

Envoltos, toda paixão exubera

nos poros, nos pelos, no sol de amar

Aquecendo lençóis na primavera.

E ardo em teu peito noite e o dia

Como se nada mais houvera

Além do amor, sexo e poesia.