Soneto irrelevante
Tentei definir o amor que te tenho,
Mas, não tenho nada que comprove.
Ao passo que este amor é água de engenho
Que nem a nuven mais tenra absorve.
É um tudo que me enxe e me move
Num infinito mar em que vou e venho.
Definir este amor em nada resolve.
O inexplicável é o nada que é tudo que tenho
Pra ti dar a todo momento qualquer.
Qualquer que seja as circunstâncias
O meu indefinível estaria pro que der e vier
Independente da nossa distância.
E este amor que não sabe o que é (mas sabe o que quer)
É pra ti essencialmente uma irrelevância.