Soneto da vida indefinida
Antigamente eu sabia exatamente o que dizer
Sabia do meu, do seu e de tudo o que era ser
Há pouco tempo sabia me perder e me encontrar
Sabia também a hora de andar e a hora de voar
Atualmente não tenho em mente o que dizer
Vacilo comigo, contigo e com tudo que posso ser
Neste momento, tento mas não consigo me encontrar
Com os pés no chão me perco no céu e me vejo voar
Pois me dei conta da infinitude
Da ilimitação que sustenta a vida
Ela sempre estará na juventude
Ela é chegada. É lenço. É a partida
E por mais que eu queira que nada mude
A vida sempre terá direção indefinida