Eu, vencido
O chumbo frio escarnece
O crânio aberto que apodrece
Nesse inferno abrasante
Duma inexistência sufocante.
O tilintar do gatilho anunciou
A morte de Meca e de Jerusalém.
A vertência dos fluidos aliviou
A dor de mais um ninguém.
Sete palmos na garganta,
Sete dias de diabólicas barganhas,
Sete estupros das entranhas.
Aonde está aquela glória?
Não há dor, nem há o haver,
Acabou-se o verbo e a história.