NA REDE
NA REDE
No balanço tão suave da rede,
Me deitei logo após o jantar.
Não alcanço meu pé na parede,
Me deixei desta forma parar.
No remanso como ave com sede,
Meu espírito sai a voar.
Nem me canso meu corpo lhe impede,
Que ele siga fazendo-o voltar.
Numa elíptica via estelar,
Foi bastante um instante somente,
Como um sonho vivido passar.
Não obstante me vi transparente,
Como um anjo tão puro a cantar.
E na rede acordei calmamente!...