Eu e o Rei

Certa vez, briguei com o Rei

A verdade era o meu crédito

Os louros e as prendas louvei

Antes mesmo de pesar o mérito

O Juiz, era o dono do Tribunal

Ele libertava ou colocava algemas

Ele, dono de uma insígnia Real

Fazia curar, ou deixava edemas

A corda era de puro e rico cetim

Feita sob medida, cabia em mim

Da Corte escolheram os jurados

O verdugo tinha cadeira federal

O forte fazia valer a justiça venal

Eu e a verdade fomos enforcados

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 08/11/2014
Reeditado em 08/11/2014
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