Eu e o Rei
Certa vez, briguei com o Rei
A verdade era o meu crédito
Os louros e as prendas louvei
Antes mesmo de pesar o mérito
O Juiz, era o dono do Tribunal
Ele libertava ou colocava algemas
Ele, dono de uma insígnia Real
Fazia curar, ou deixava edemas
A corda era de puro e rico cetim
Feita sob medida, cabia em mim
Da Corte escolheram os jurados
O verdugo tinha cadeira federal
O forte fazia valer a justiça venal
Eu e a verdade fomos enforcados