Condição Devoradora
Condição Devoradora
(Soneto)
Ao coligir pedaços e parcelas,
Que me deste de ti para polir;
Muito além corpo vejo a reluzir,
Tua face, uma Lua entre as estrelas.
Imagino-te em danças a ebulir…
Desnudada e frenética ante delas,
Por um Sol que te agarra as mãos singelas,
Num sincopado Tango a te possuir!
Tu és a Natureza reencarnada…
A Terra, o Ar, o Fogo e a Água amada!
És uma omissa força observadora,
Que ser do duvidar desamarrada,
Exige para ter assegurada,
A sua condição devoradora!
André Rodrigues 7/11/2014