OUTEIRO

Vale obscuro ó! Sombra da morte,

Nas trevas murmúrio, a lamentação,

Grito confuso vem do rumo norte,

Na calada da noite, a inquietação.

Que venha o amor em teu coração

Que esse manto te seja à sorte

Que esse teu fetiche, xô a aparição,

Te esquiva da dor, do tombo, do corte.

Andar por esse vale muito assusta

Gemidos e lamúria, a solidão,

Admoesta tranquila, a Dona Augusta!

À meia noite na Velha Estação,

Aquele desafeto, alguém degusta,

Há muito choro, há muita oração!

fcemourao
Enviado por fcemourao em 06/11/2014
Reeditado em 06/11/2014
Código do texto: T5026057
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