OUTEIRO
Vale obscuro ó! Sombra da morte,
Nas trevas murmúrio, a lamentação,
Grito confuso vem do rumo norte,
Na calada da noite, a inquietação.
Que venha o amor em teu coração
Que esse manto te seja à sorte
Que esse teu fetiche, xô a aparição,
Te esquiva da dor, do tombo, do corte.
Andar por esse vale muito assusta
Gemidos e lamúria, a solidão,
Admoesta tranquila, a Dona Augusta!
À meia noite na Velha Estação,
Aquele desafeto, alguém degusta,
Há muito choro, há muita oração!